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3 de setembro de 2015

Matéria ZH: Grandes campeões das raças têm preços valorizados em até 10 vezes

Premiados nos concursos de suas raças, 120 animais terão seus preços

multiplicados quando forem a remates e centrais de inseminaçãoa 

Grande Campeão  Polled Hereford Expointer 2015

 

Rosetas exibidas em 120 grandes campeões que irão desfilar hoje na pista central do parque Assis Brasil, em Esteio, identificam os animais que terão seus destinos transformados após a 38ª Expointer. Ao conquistar a premiação mais importante de suas raças, os exemplares irão carregar o peso da escarapela – repassada também a gerações futuras. 

 

O desfile dos campeões, que será acompanhado hoje por autoridades como a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, será apenas o começo da exibição que os animais terão a partir de agora. Com o título, bovinos, ovinos e equinos terão seus passes valorizados em remates, centrais de inseminação ou transferência de ventres.

 

O touro campeão da raça polled hereford, da Cabanha Santo Ângelo, de Barra do Quaraí, poderá ter herdeiros multiplicados. Enquanto uma dose de sêmem de um animal convencional da raça custa R$ 25, o grande campeão pode ter o material genético vendido por até 10 vezes mais.

 

A– A roseta pode fazer o valor do animal quadruplicar, ou até mais, isso sem contar o ganho com seus herdeiros – conta o criador Jorge Martins Bastos, 65 anos, proprietário da cabanha, que faturou também a grande campeã fêmea da raça polled hereford.De família de pecuaristas, Bastos já perdeu as contas de quantos campeões da Expointer já levou para casa. A seleção genética, para resultar em um grande campeão, começa logo que o animal nasce.

 

– Ao pé da mãe já dá para saber se o animal terá potencial. O faturamento anual da cabanha é impactado pelos grandes campeões – revela Bastos.

 

As características avaliadas no olho treinado do criador vão de desenvolvimento corporal a tamanho e postura. As mesmas especificidades são analisadas nos julgamentos da Expointer, incluindo peso do animal, produção

(carne, leite ou lã) e funcionalidade.

 

– A avaliação morfológica é feita em busca de um padrão de perfeição – explica Pablo Charão, comissário

geral da 38ª Expointer.

 

Os campeões ficam visados por quem busca material genético.

 

– O título de campeão da Expointer é um forte argumento de venda – confirma Antônio Cabistani, diretor da Cort Genética, central de genética bovina.

 

Mas o título não garante que os animais serão bons reprodutores, pondera Cabistani.

 

– A partir de agora eles terão a oportunidade de serem testados para provar suas qualidades genéticas valorizadas pelo mercado – completa Cabistani, citando características como maciez da carne, cobertura de gordura e cortes nobre de carcaça.

 

Grande campeão da raça ideal na 38ª Expointer, na última terça-feira, o ovino Santa Angela IA 1871 foi levado a leilão no dia seguinte. O animal foi vendido por R$ 28,8 mil, 10 vezes mais do que o valor médio de um carneiro da raça.

 

– Ele já havia sido campeão na Feovelha, em Pinheiro Machado, e na Fenovinos, em Caçapava do Sul. Aqui na Expointer, atingiu a premiação máxima – comemorou o pecuarista Frederico Fittipaldi Pons, 38 anos, da Cabanha

Santa Angela, de Uruguaiana.

 

Com dois anos e 138 quilos, o animal foi avaliado também pela finura da lã. E os frutos da roseta da Expointer não irão se resumir à venda valorizada do animal. Ao perceber o potencial do exemplar, Pons já selecionou os herdeiros do campeão, que estão sendo criados na cabanha, que tem um plantel de 250 fêmeas pura origem.

 

– Investimos muito em genética, com uma seleção rigorosa. Importamos também exemplares do Uruguai, da Argentina e da Nova Zelândia – contou o criador, com o filho Santiago Monteiro Pons, dois anos, no colo.

 

Fonte: CLICRBS 

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